Docas verifica profundidade do canal do Porto de Santos

Docas verifica profundidade do canal do Porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, deverá concluir, nos próximos dias, um levantamento que indicará a profundidade de todo o canal de navegação do cais santista. Essa verificação – denominada batimetria – foi solicitada pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), devido a relatos de que, no último mês, navios tocaram o fundo do estuário durante manobras de atracação.

A partir dos resultados obtidos, a Capitania vai avaliar se há necessidade de reduzir o limite máximo do calado operacional no Porto – que é a maior distância que um navio pode registrar entre o ponto mais inferior de seu casco e a superfície do mar (ou seja, a metragem vertical de sua parte submersa) ao navegar pela região.

Atualmente, os navios que trafegam no Porto devem atender a duas restrições. Da entrada da Barra até a Alemoa, embarcações com até 13,2 metros de calado podem trafegar. Das proximidades da Brasil Terminal Portuário (BTP) em diante, a restrição é de 11,2 metros.

Segundo o capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Fernandes Gomes, comandante da CPSP, os relatos de que navios tocaram o fundo do estuário foram encaminhados pela Praticagem de São Paulo, entidade que reúne os profissionais responsáveis por orientar as manobras navais no cais santista. Entre 7 de julho passado e o último sábado, foram três as ocorrências.

A primeira aconteceu nas proximidades do berço da BTP, na Alemoa, no Trecho 4 do canal de navegação. A segunda aconteceu perto do ponto de atracação do Armazém 19, na região de Outeirinhos, onde estão os armazéns açucareiros, no Trecho 3 do canal.

Já o terceiro ponto em que a Praticagem relatou problemas fica nas proximidades do berço do Armazém 38, no Corredor de Exportação, na Ponta da Praia. O local corresponde ao Trecho 2 do Porto.

“Em face disto, a Capitania pediu a atualização batimétrica de todo o canal, para que a gente possa saber o que realmente está acontecendo e quais são essas profundidades atuais”, explicou o capitão dos portos.

Fonte: A Tribuna

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